domingo, 26 de fevereiro de 2012
A Cigarra e a Formiga (versões Alemã e Portuguesa)
Versão alemã
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa
e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas
bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada. A cigarra
está cheia de frio, não tem casa nem comida e morre de fome.
Fim
Versão portuguesa
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa
e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas
bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada.
A cigarra, cheia de frio, organiza uma conferência de imprensa e pergunta
porque é que a formiga tem o direito de estar quentinha e bem alimentada
enquanto as pobres cigarras, que não tiveram sorte na vida, têm fome e frio.
A televisão organiza emissões em directo que mostram a cigarra a tremer de
frio e esfomeada ao mesmo tempo que exibem vídeos da formiga em casa, toda
quentinha, a comer o seu jantar com uma mesa cheia de coisas boas à sua
frente.
A opinião pública tuga escandaliza-se porque não é justo que uns passem fome
enquanto outros vivem no bem bom. As associações anti pobreza manifestam-se
diante da casa da formiga. Os jornalistas organizam entrevistas e mesas
redondas com montes de comentadores que comentam a forma injusta como a
formiga enriqueceu à custa da cigarra e exigem ao Governo que aumente os
impostos da formiga para contribuir para a solidariedade social.
A CGTP, o PCP, o BE, os Verdes, a Geração à Rasca, os Indignados e a ala
esquerda do PS com a Helena Roseta e a Ana Gomes à frente e o apoio
implícito do Mário Soares organizam manifestações diante da casa da formiga.
Os funcionários públicos e os transportes decidem fazer uma greve de
solidariedade de uma hora por dia (os transportes à hora de ponta) de
duração ilimitada.
Fernando Rosas escreve um livro que demonstra as ligações da formiga com os
nazis de Auschwitz.
Para responder às sondagens o Governo faz passar uma lei sobre a igualdade
económica e outra de anti descriminação (esta com efeitos retroactivos ao
princípio do Verão).
Os impostos da formiga são aumentados sete vezes e simultaneamente é multada
por não ter dado emprego à cigarra. A casa da formiga é confiscada pelas
Finanças porque a formiga não tem dinheiro que chegue para pagar os impostos
e a multa.
A formiga abandona Portugal e vai-se instalar na Suíça onde, passado pouco
tempo, começa a contribuir para o desenvolvimento da economia local.
A televisão faz uma reportagem sobre a cigarra, agora instalada na casa da
formiga e a comer os bens que aquela teve de deixar para trás.
Embora a Primavera ainda venha longe já conseguiu dar cabo das provisões
todas organizando umas "parties" com os amigos e umas "raves" com os
artistas e escritores progressistas que duram até de madrugada. Sérgio
Godinho compõe a canção de protesto "Formiga fascista, inimiga do artista...
.
A antiga casa da formiga deteriora-se rapidamente porque a cigarra
está-se nas tintas para a sua conservação. Em vez disso queixa-se que o
Governo não faz nada para manter a casa como deve de ser. É nomeada
uma comissão de inquérito para averiguar as causas da decrepitude da casa
da formiga. O custo da comissão (interpartidária mais parceiros sociais) vai
para o Orçamento de Estado: são 3 milhões de euros por ano.
Enquanto a comissão prepara a primeira reunião para daí a três meses, a
cigarra morre de overdose.
Rui Tavares comenta no Público a incapacidade do Governo para corrigir o
problema da desigualdade social e para evitar as causas que levaram a
cigarra à depressão e ao suicídio.
A casa da formiga, ao abandono, é ocupada por um bando de baratas,
imigrantes ilegais, que há já dois anos que foram intimadas a sair do País
mas que decidiram cá ficar, dedicando-se ao tráfego da droga e a aterrorizar
a vizinhança.
Ana Gomes um pouco a despropósito afirma que as carências da integração
social se devem à compra dos submarinos, faz uma relação que só ela entende
entre as baratas ilegais e os voos da CIA e aproveita para insultar Paulo
Portas.
Entretanto o Governo felicita-se pela diversidade cultural do País e pela
sua aptidão para integrar harmoniosamente as diferenças sociais e as
contribuições das diversas comunidades que nele encontraram uma vida melhor.
A formiga, entretanto, refez a vida na Suíça e está quase milionária...
FIM
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Amalia Rodrigues - Gaivota
Dez anos depois da sua morte, Portugal homenageia esta terça-feira Amália Rodrigues falecida no dia 6 de Outubro de 1999 quando tinha 79 anos e sepultada no Panteão Nacional. Um vasto programa cultural assinala um pouco por todo o país o desaparecimento da diva.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
HOME O Mundo é a nossa casa
HOME, filme da autoria do realizador francês Yann Arthus-Bertrand, é constituído por paisagens aéreas do mundo inteiro e pretende sensibilizar a opinião pública mundial sobre a necessidade de alterar modos e hábitos de vida a fim de evitar uma catástrofe ecológica planetária
segunda-feira, 1 de junho de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Lição de Economia
Numa pequena vila em que nada de especial acontece, a crise sente-se. Toda a gente deve a toda a gente.
Um turista, aparentemente rico, entra no pequeno hotel local. Pede um quarto e põe uma nota de 100 € no balcão.
Pede a chave do quarto e sobe ao 3º andar para verificar se o quarto lhe agrada.
O dono do hotel pega na nota de 100€ e paga ao fornecedor de carne a quem deve 100€.
O talhante pega no dinheiro e paga ao fornecedor de leitões os 100€ que devia há algum tempo.
Este, por sua vez, paga ao criador de gado que lhe vendera a carne. Por sua vez, rapidamente decide pagar os 100€ a uma prostituta que lhe avançara favores a crédito.
Esta recebe os 100€, dirige-se ao hotel onde devia 100€ pela utilização dos quartos onde recebia os clientes.
Neste momento o turista vai à recepção e informa o dono do hotel que o quarto proposto não lhe agrada e que pretende desistir.
Pede a devolução dos 100€. Recebe o dinheiro e sai.
Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescentado. Contudo, todos liquidaram as suas dívidas e a população desta vila encara agora o futuro com muito mais optimismo...
É a Economia!!!!